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quarta-feira, 16 de maio de 2012

contos de terror: medo do escuro

Sabe quando você apaga a última lâmpada... Está no escuro, e sente aquele frio na espinha? Não importa se é criança, adulto ou velho... Você sempre pode sentir o ambiente esfriar de repente, como se seu sangue gelasse só por causa do escuro... A maioria das pessoas deixa a lâmpada do quarto acesa... E se foca na claridade do caminho de volta pro quarto, outros vão correndo... Mas poucos olham pra trás... Você sabe que não tem nada lá no escuro... Ou pelo menos sua mente quer pensar assim... Mesmo quando está deitado, e ouve barulhos estranhos, você ignora, você sabe que pode ser o vento, ou algum objeto em falso que caiu... Mas lá no fundo... Você tem medo de olhar e perceber alguma coisa te olhando de volta... As crianças tem este medo... Mas vão crescendo sendo treinadas para acreditar que não há nada lá... Eu acreditava... Naquela vez que fui ao banheiro, tinha esquecido de ligar a luz do corredor... Era desnecessário, eu sabia o caminho... Fui olhando pro chão, com medo de tropeçar em algo no escuro... Estava frio... Achei normal, afinal era noite... Enquanto fazia o que tinha ido fazer no banheiro, senti um pequeno calafrio... Ri sozinho... Estava realmente apertado, era um alívio! No caminho de volta, ouvi um estalo atrás de mim, e me arrepiei... Nessa hora nosso cérebro começa a procurar uma explicação pro que está havendo... Comecei a vasculhar minha mente, tentando lembrar se eu tinha trancado a porta... Tinha. Tinha certeza que sim. E essa é a hora em que você pensa o quanto seu medo é ridículo, e olha pra trás pra provar a si mesmo que está errado... Eu olhei... O que eu vi, fez meu sangue gelar... Olhava diretamente pra mim... Não podia ver seus olhos, mas sabia que olhava pra mim... Minhas pernas não se mexiam... Eu não conseguia gritar... Parecia ter levado uma eternidade encarando aquelas órbitas vazias, até que consegui forças pra correr até o meu quarto e acender a luz... Enquanto meu coração parecia querer sair pela boca, olhei para onde a coisa estava... E não havia nada... Na manhã seguinte, não sabia se havia sido um sonho, ou se tinha sido mesmo verdade...

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