quinta-feira, 28 de abril de 2016

A morte atrás da porta


              Júlia acordou sobressaltada. Julgou ter ouvido a porta da sala bater, mas isso não era possível. Estava completamente sozinha naquela casa. Com certeza tinha sido um sonho, ou então era o efeito da heroína causando-lhe delírios auditivos. Sentou-se na cama. A quanto tempo estava confinada naquele quarto? Dias? Meses? Não sabia ao certo. Mas também isso não tinha a menor importância. Na verdade nada mais tinha.  .
                  Sobre o criado-mudo estavam a seringa, a borracha e um frasco vazio de heroína. Eram os três amigos que lhe faziam companhia em seu confinamento auto imposto. O blackout na frente da janela impedia a penetração de qualquer luz externa, mantendo o quarto na penumbra durante o dia e mergulhado numa quase total escuridão  à noite. Esse revezamento entre a pouca e a quase nenhuma iluminação é que fazia com que Júlia distinguisse o período diurno do noturno, mas a verdade é que para ela não fazia a mínima diferença. Ali, entre aquelas quatro paredes, o tempo era algo tão inútil e sem sentido quanto um relógio sem os ponteiros. Levantou-se e acendeu a luz. Abriu o guarda-roupa e contemplou-se no espelho afixado na parte interna da porta. Sua aparência estava horrível. A imagem à sua frente era de uma jovem envelhecida, com manchas escuras embaixo dos olhos e um aspecto cadavérico devido à palidez e magreza extremas. Já havia muitos dias que não colocava nada no estômago. A heroina era o seu único alimento, um alimento que estava destruindo o seu corpo, mas que afrouxava as amarras que prendiam a sua alma. Logo essas amarras iriam partir-se, e então sua alma se libertaria para sempre, assim como aconteceu com seu namorado. A alma dele foi liberta pela heroína e, agora, estava flutuando em outro plano, salva de todo peso e opressão que a vida lhe infligira. Júlia sabia que faltava muito pouco para reencontrar seu namorado. Talvez a próxima injeção na veia fosse a última. Abriu uma das gavetas do guarda-roupa. Em seu interior haviam mais de duas centenas de frascos contendo heroína. Os vazios, espalhados pelo chão do quarto, formavam também uma grande quantidade. Aquele numeroso estoque tinha lhe custado todas as suas economias e alguns itens domésticos. Surpreendeu-se de ainda estar viva depois de ter consumido tanta droga. Era de admirar como seu corpo tinha resistido a tamanha carga, muito embora ele estivesse visivelmente deteriorado.
              Meteu a mão na gaveta e retirou um dos frascos. Foi sentar-se novamente na cama. Enfiou a seringa no recipiente, puxando, com o êmbolo, o líquido amarelado para dentro do tubo graduado. Amarrou bem apertada a borracha em volta de seu bíceps esquerdo. Esse ritual, inúmeras vezes repetido, já lhe era tão automático quanto o ato de respirar. Localizou uma veia em meio aos vários furos existentes em seu braço. Iria mais uma vez entorpercer-se, mergulhar fundo no vazio aquecido e confortável que só a heroína poderia proporcionar. Sentia que aquela seria a última dose, a derradeira viagem. Sua alma, finalmente, iria soltar-se das amarras que a aprisionavam. Seu namorado estava esperando sua chegada. Voltariam a ficar juntos, dessa vez para sempre. Era justo que a morte reunisse o que ela mesma havia separado. Aproximou a agulha do braço. Algo, porém, a deteve. O som de risos, vindo da parte inferior da casa, chegou aos seus ouvidos. Júlia desprendeu a borracha do bíceps e colocou-a, juntamente com a seringa, sobre o criado-mudo. Levantou-se e colou o ouvido na porta. Captou alguma coisa parecida com pessoas conversando. Seria alucinação causada pela droga? Girou a maçaneta e saiu para o corredor escuro em cujo final estava a escada que conduzia à sala de estar. À medida em que se aproximava, os risos e diálogos iam se tornando mais altos. Sentou-se nos primeiros degraus de modo a ficar oculta e poder ver a sala. Não foi sem espanto que percebeu um casal nu, deitado no sofá. A mulher estava de bruços e o homem, sobre ela, penetrava-a por trás. Agora não eram mais risos e diálogos, e sim gemidos. No som gutural emitido pela mulher havia algo de prazer e de dor ao mesmo tempo. Isso, associado com a posição em que se encontravam, deixava evidente que aquele indivíduo estava sodomizando sua parceira. Júlia esforçava-se para entender o porquê daquelas pessoas terem invadido sua casa. Pelo aspecto pareciam moradores de rua. Provavelmente pensaram que se tratava de uma residência abandonada. De fato o lugar parecia mesmo estar abandonado. Era uma construção envelhecida precocemente, assim como sua proprietária. A falta de zelo mais que a ação do tempo tinha contribuido para isso. O mato alto na área da frente, as paredes sujas e descascadas, as janelas e a porta desgastadas e enegrecidas davam uma falsa idéia de que não havia ninguém morando alí.
              Júlia teve o impulso de descer e expulsá-los, porém seu corpo estava debilitado demais para responder a esse comando. Na verdade não era só a falta de força física, mas também a falta de vontade. Por que deveria tomar uma atitude se nada mais fazia sentido? Por que se importar com o fato de terem invadido sua casa se logo estaría morta? Que aquele casal fizesse bom proveito da estadia. Já ía se erguendo para voltar para o quarto quando algo terrível a deteve onde estava. O homem começou a esmurrar sua parceira na cabeça até deixá-la desacordada. Em seguida virou-a, colocando-a deitada de costas. Ele penetrou-a na vagina ao mesmo tempo em que a sufocava com as duas mãos fechadas sobre sua garganta que só parou de apertar depois que atingiu o orgasmo. Júlia sentia-se confusa. Não tinha mais certeza se o que estava presenciando era real ou apenas criação de sua mente alterada pela heroína. Estava mais inclinada para a segunda hipótese, já que tudo aquilo lhe parecia tão distante e surreal como só um delírio podia ser.
               Mas, se aquele casal na sua sala era uma alucinação, então ele ía desaparecer a qualquer momento. Júlia fechou os olhos, acreditando que quando voltasse a abri-los não iría haver mais nada além de um cômodo silencioso com um sofá velho e empoeirado. No entanto, ao levantar as pálpebras, percebeu com um certo desespero que os dois invasores continuavam lá, a mulher prostrada no sofá e o seu conpanheiro por cima dela, estrangulando-a. Ele, logo depois de atingir o clímax, retirou as mãos da garganta de sua parceira cuja laringe encontrava-se, agora, esmagada. Levantou-se e ficou contemplando o corpo sem vida de sua vítima. Sentou-se na beirada do sofá, cabisbaixo. Outra vez o maldito sentimento de culpa a incomodar-lhe como um espinho cravado na carne. Não queria tê-la matado, mas não conseguia evitar. Era mais forte que ele. A sensação que experimentava era magnífica, o prazer percorrendo suas entranhas como uma descarga elétrica e fazendo o seu corpo vibrar. Estava viciado nisso e para satisfazer o seu vício tinha que matar, matar com frequência. O problema era aquele mal estar que vinha depois, aquela culpa que só podia originar-se de algum resto de humanidade que ainda possuía. A pergunta que júlia se fazia, naquele momento, era se devia ou não acreditar no que seus olhos estavam vendo. Fosse como fosse decidiu que já tinha visto o suficiente. Subiu os degraus e voltou para o seu quarto. Ao adentrá-lo apagou a luz, fechando a porta atrás de si com um leve ruído produzido pela lingueta da fechadura, ruído esse que não passou despercebido para o assassino que estava na parte inferior da casa. Ele levantou a cabeça, apurando a audição. Tinha escutado um som parecido com o de uma porta batendo. Parecia ter vindo de cima, mas não tinha certeza. O pensamento de que talvez houvesse mais alguém ali surgiu em sua mente. Olhou para a mulher morta no sofá. Ela havia garantido que aquela casa estava abandonada. Durante alguns segundos manteve os ouvidos atentos, na expectativa de captar mais alguma coisa, porém o silêncio continuou, ininterrupto. Vestiu a calça  e subiu os degraus que conduziam ao primeiro andar. Precisava ter certeza se havia ou não mais alguém naquela casa. Penetrou num pequeno corredor, iluminado fracamente pela luz vacilante de uma lâmpada. Aproximou-se da única porta que havia ali. Com certeza tinha sido ela que ouvira bater minutos antes.
              No quarto, Júlia estava outra vez preparada para se aplicar a última dose de heroína, a que ía fazer o seu, já frágil, coração parar. Estava prestes a injetar a droga quando percebeu alguém aproximando-se pelo corredor. Viu, por baixo da porta, uma sombra parar na entrada do quarto. Era o estrangulador. Real ou não ele tinha vindo atrás dela. Não perdeu mais tempo. Enterrou a seringa no braço, empurrando o líquido para dentro de seu corpo. O homem girou a maçaneta e empurrou a porta. Avistou, de imediato, envolvida pela penumbra, uma silhueta feminina sentada numa cama. Quando pressionou o interruptor que achou na parede, a luz pareceu irromper dolorosamente como se fosse uma aberração naquele cômodo. Uma figura pálida, esquelética e segurando uma seringa vazia tornou-se nítida sob a iluminação do quarto. Com a visão meio ofuscada pela claridade Júlia observou o indivíduo aproximar-se dela. A droga estava começando a fazer efeito. Seu coração acelerou a ponto de parecer que ía explodir. Estava prestes a ter uma parada cardíaca. O assassino caminhou, pisando nos frascos vazios espalhados pelo assoalho, até estacar diante daquele farrapo humano. Júlia levantou o rosto para encarar o homem.
              ___ Você é real ou uma alucinação?___ Perguntou ela, expulsando a voz da garganta.
              ___ O que você acha?___ Replicou o homem. Ele correu os olhos pelo quarto. Julgava que era um quarto porque os móveis ali existentes, embora caindo aos pedaços, sugeriam isso. Mas, na verdade, não passava de um buraco sujo e fétido.
              ___ Se você é real___ disse Júlia.___ então o cadáver que você deixou lá na sala também é.
              O assassino encarou-a como a uma barata que ele estivesse prestes a esmagar.
               ___ Quer que eu te diga uma coisa?___ Disse.___ Hoje não é seu dia de sorte. Você não era pra estar aqui, mas deu o azar de estar.
               ___ Não me diga.___ rebateu Júlia, emitindo um riso logo sufocado por uma contorção facial devido a uma dor que ela não tinha certeza se partia do peito ou do estômago.___ Diga alguma coisa que eu não saiba.
               ___ Não se preocupe, eu posso dar um jeito nisso bem rápido.
              O homem deu um passo à frente e colocou as mãos em volta do pescoço de Júlia. Ela não esboçou nenhuma reação. Apenas fechou os olhos enquanto sentia a pressão esmagando sua laringe. Estava pronta para deixar aquela existência miserável. Finalmente iría reencontrar o seu namorado. O assassino, pelo menos dessa vez, não estava matando por prazer. O seu ato homicida não estava sendo movido por impulsos sádicos, mas pelo instinto de auto preservação. Ela era uma testemunha e tinha visto o seu rosto, por tanto não podia deixa-la viver. Depois de dar cabo dela iria enterrá-la, com a outra, no quintal da casa. O tempo se encarregaria do resto. Aquela, ao contrário das suas outras vítimas que lutaram muito, antes de morrerem, não apresentou nenhum tipo de reação. Parecia, até mesmo, que estava disposta a ser assassinada. Júlia foi compelida a deitar de costas sobre a cama. As duas mãos poderosas, do estrangulador, comprimiam seu pescoço frágil e fino, destruindo a estrutura interna de sua garganta tão facilmente como se fosse um graveto. Ele pôde sentir a vida esvaindo-se do corpo dela como água descendo pelo ralo. Mas, subitamente soltou-a e deu um pulo para trás com uma expressão de pavor. Tinha alguma coisa muito errada. Era algo insano. Tão insano que sua mente não podia compreender. Saiu em disparada pelo corredor. Uma força sinistra tentou puxa-lo de volta para o quarto. Sentiu, de repente, que o seu contato com a realidade estava se desintegrando. Era como se estivesse num terrível pesadelo. Percebeu, com horror, que as paredes começavam a fechar-se sobre ele, o corredor tornou-se mais longo do que realmente era. Correu o mais que pôde, porém alguma coisa o forçava para trás. Era aquela casa. ela estava viva e queria puni-lo por todos os seus crimes, por todas as suas vítimas. Ela queria arrastá-lo para o inferno. Um grito medonho escapou de sua garganta. Com uma força sobre humana conseguiu chegar à escada. Ao descê-la, entretanto, tropeçou e rolou pelos degraus, quebrando o pescoço. Numa fração de segundos antes de morrer, ainda teve tempo de ver a morta levantando-se do sofá.
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              O policial agachou-se e observou o cadáver, depois olhou para o alto da escada. Voltou os olhos, outra vez, para o cadáver. Procurou por algum ferimento profundo, mas não encontrou nenhum. Só conseguiu visualizar escoriações. O defunto estava com as duas pernas sobre o último degrau e o resto do corpo no chão. A posição inclinada da cabeça era um indício de que o pescoço podia estar quebrado. O que perturbava era o seu rosto. Os olhos arregalados, os músculos faciais contraídos e a boca aberta, num grito mudo, uniam-se para compor uma expressão de extremo pavor. Parecia que ele tinha visto ou vivido algo muito aterrorizante. O policial virou-se e olhou, por cima dos ombros, para o seu parceiro que observava a mulher morta no sofá. Consultou o relógio de pulso. 6:30h da manhã. Definitivamente era um péssimo jeito de começar o dia. Ergueu-se e caminhou até seu parceiro.
              ___ E então? Mais alguma coisa?___ perguntou.
              ___ Não. É aquilo mesmo.___ Respondeu o outro. Sua cabeça estava infestada de cabelos brancos, não obstante aparentava ser bem mais jovem que seu companheiro. ___ Ela morreu por estrangulamento. A mancha escura no pescoço deixa claro isso.
               ___ Com certeza houve contato sexual.
               ___ Com o cara lá? ___ indagou o homem de cabelos brancos, indicando com um gesto de cabeça o cadáver no sopé da escada.
                ___ Talvez. Ele deve ter quebrado o pescoço quando caiu na escada. Talvez alguém o tenha empurrado.
                 ___ É, e esse alguém pode ter, também, estrangulado ela. Vamos ver se a perícia vai achar alguma coisa que confirme nossas teorias. Achou alguma coisa lá em cima?
                 ___ Não há nada lá em cima. Só um quarto vazio.
                 Um homem baixinho e rechonchudo invadiu o recinto. Ao avistar os cadáveres, fechou os olhos com uma expressão de repulsa. Os policiais identificaram-se e depois o conduziram para a área da varanda.
                  ___ O senhor é proprietário do imóvel? ___ Perguntou o tira que aparentava ser mais velho.
                   ___ Sou. ___ Disse o homem, balançando levemente a cabeça cujo tamanho parecia ser desproporcionalmente grande em relação ao corpo. ___ Como pode ter acontecido uma coisa dessas?
              ___ Os vizinhos ouviram gritos na casa e então resolveram ligar pra polícia. Quando chegamos aqui encontramos dois corpos. Não achamos nenhum entorpecente, então é provável que eles invadiram seu imóvel apenas pra fazer sexo. O que aconteceu depois é o que queremos descobrir. Estamos aguardando a chegada da perícia pra fazer um exame mais minucioso.
              O proprietário deu um suspiro profundo, depois falou com um ar enigmático:
               ___ Acreditem, vocês nunca vão entender o que aconteceu aí. O que matou          essas duas pessoas não pertence ao nosso mundo.
               Os dois policiais entreolharam-se.
                ___ Como assim "não pertence ao nosso mundo"?___  Indagou o mais velho.
                ___ Há uns 40 anos atrás ___ Disse o proprietário. ___ Uma jovem chamada Júlia morreu de overdose, por heroína, no quarto do andar superior da casa. Desde então a casa passou a ser mal-assombrada. Eu comprei ela há dez anos, sem saber dessa história, na mão de um funcionário público aposentado. Eu aluguei-a várias vezes, mas nenhum dos inquilinos morou nela por muito tempo. Teve uma família, mesmo, que só morou um dia. Todos alegaram a mesmas coisas: visão de vultos, portas fechando e abrindo sozinhas; utensílios domésticos caindo sem causa aparente; móveis arrastados por mãos invisíveis e por aí vai. A maioria disse ter visto a alma da tal Júlia perambulando pelos cômodos da casa. Pessoas entendidas no assunto me disseram que ela não sabe que está morta. Ou, então, que sabe, mas não aceita. Eu, particularmente, nunca vi nada, mas, ainda sim, acredito que haja alguma força sobrenatural habitando aqui.  O fato é que não consegui mais alugar essa casa pra ninguém, nem tampouco vender. Não tive outra escolha senão largar de mão. Agora ela tá aí, entregue ao tempo. E o pior que meu dinheiro também.
              ___ Nós respeitamos seu posicionamento, ___ disse o policial de cabelos         brancos. ___ mas uma coisa eu posso lhe garantir: Essas duas pessoas não foram mortas por nenhuma alma de outro mundo, mas por alguém de carne e osso que vai responder pelo que fez.
            O homem rechonchudo deu de ombros.
               ___ Se você diz...!
            Dois veículos estacionaram em frente à casa. Um tranportava o pessoal da perícia,o outro era o rabecão, para o recolhimento dos cadáveres.
              ___ Finalmente chegaram. ___ Disse o policial mais velho.
              ___ Fiquem à vontade policiais. Se precisarem de mim pra alguma coisa, estarei às ordens.
              O homem percorreu a pequena trilha, ladeada por uma vegetação alta que proliferava ao redor da casa. Os peritos passaram apressadamente por ele em sentido contrário. Cruzou o portão e estacou na calçada, observando a pequena aglomeração de curiosos em frente à sua propriedade. Girou nos calcanhares. Contemplou o imóvel que adquirira Há uma década atrás. De repente um calafrio fez arrepiar todos os pelos de seu corpo. Através da vidraça de uma das janelas enxergou o vulto de uma mulher. Soube imediatamente que se tratava de Júlia, a toxicômana morta há 40 anos.
                ___ Você nunca vai deixar essa casa, não é Júlia? ___ Falou, quase num sussurro e com um meneio de cabeça.
Enviado por: Caio Graco

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Seremos felizes até o fim

Eu ainda me lembro de como nos conhecemos. Consigo lembrar de cada detalhe seu. Os cabelos negros, longos e macios balançando e refletindo lindamente a luz do sol. Você me olhando, um pouco tímida mas feliz.
Até que um dia infelizmente você morreu. Chorei por dias, até que tive a ideia de te desenterrar. E agora viveremos pra sempre juntos depois que eu costurar nossos corpos. Seremos felizes até o fim.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

ZK-5F: A infecção parte 3 (C1P3)

Leia a parte 1 e 2, antes de ler essa parte.
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Capítulo 1, parte 3: A fuga

Eu nunca vou me esquecer do dia em que tudo isso começou. Eu olhava pela janela da sala, todo mundo tentando desesperadamente se matar. O cheiro de carne podre era insuportável. Andando pelas ruas, eu via pessoas rasgando a própria barriga pra se livrar da fome, outros arrastando os intestinos no chão e tentando comer sua própria carne.
Aquilo foi horrível. Não consegui dormir por dias. Aproveitando isso, peguei o meu carro e fui viajar pra talvez encontrar um lugar seguro.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

ZK-5F: A infecção parte 2 (C1P2)


Leia a parte 1 antes de ler essa parte.
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Capítulo 1, parte 2: O acampamento
Eu acordei num acampamento com mais 3 pessoas na minha barraca. Fui o segundo a levantar, e vi que do meu lado tinha uma carta que dizia o seguinte:
-"Eu não queria ter feito isso, mas tive que fazer.
Por favor filho, me perdoe por ter te abandonado com essa escória de cientistas que não merecem ser chamados de humanos. Eu precisava muito de dinheiro. Estou muito arrependido por acreditar nesses vermes. Eu farei de tudo pra conseguir tirar você desse lugar. 
O apocalipse começou. Os mortos se levantaram e estão voltando pros seus lares. Essa é a primeira etapa do projeto ZK-5F, a infecção pelos monstros que eles criaram pra depois destruírem e virarem heróis. Saiba que onde você está é mais seguro que o lado de fora, mas tenha cuidado, eles podem te expulsar se você não obedecer as ordens deles.
Guarde isso com muito carinho, pois nessa carta existe um código que só você pode decifrar, e assim sair desse inferno.
 Eu estarei sempre ao seu lado filho, nunca se esqueça disso."-

Não acredito que meu pai fez isso comigo. Me jogou nesse inferno dizendo que estava era pra me proteger.
Até agora não encontrei nenhum zumbi. Espero que continue assim até conseguir sair.
Assim que eu saí da barraca, veio uma cientista que me deu um cartão e disse: "Olá senhor, bem-vindo ao acampamento ZK-5F. Aqui está o seu cartão de residente. Ele serve pra tudo que você for fazer dentro do acampamento como comprar alimentos, armas, munições e usar o banheiro.
O seu cadastro já foi feito pelo seu pai quando ele te trouxe."
No fim do dia eu fiz amizade com os outros moradores do acampamento e fizemos um plano pra tentar fugir desse inferno.  Espero que dê certo.

continua...

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

ZK-5F: A infecção (C1P1)

Leia o projeto ZK-5F, pra entender melhor a história.

Esta é a história do projeto ZK-5F. Uma arma biológica que transforma pessoas em "zumbis", por causar necrose em 90% do corpo, e pode também causar alucinações fazendo a pessoa agir como animal, se misturado com álcool. A nova droga será vendida como a cura pro câncer ou aids, dependendo da região.
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Capítulo 1, parte 1: A infecção
Bem-vindo ao projeto ZK-5F, ele está pronto pra ser lançado. Serão dois longos anos pra espalhar o vírus pelo mundo inteiro.
A sua missão é conseguir sobreviver pelo menos até o final da primeira fase do projeto.
Se conseguir poderá ter imunidade contra essa pandemia.
Que a infecção comece.

continua...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Käsja parte 3

Leia a parte 1 e 2, antes de ler essa parte.
Tive certeza que aquilo não era humano quando ele começou a se contorcer e fazer barulhos bizarros com as 5 bocas espalhadas pelo corpo. Ele levantou da cama, e começou a vomitar alguma coisa parecida com cabeças humanas chorando sangue podre. O cheiro era horrível.
Quando eu ia sair do quarto, as paredes desapareceram dando lugar a um labirinto cheio de túneis escuros e úmidos. Aquilo foi horrível.
A criatura começou a me seguir. Não importava por onde eu andasse, ele sempre estava atrás de mim.
Até que eu entrei numa sala onde eu encontrei Käsja, que me disse: "ele nos encontrou. Temos que ficar juntas o tempo todo. A saída fica depois de mais alguns metros.
Saímos de lá, mas o monstro também conseguiu, e matou Käsja. Tentei fugir mas ele acabou arrancando minhas pernas.  
Se alguém encontrar esse diário, significa que eu já morri.
A última coisa que eu queria dizer: Käsja, eu te amo.
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O corpo de Larissa foi encontrado de madrugada por um morador de rua, perto de um prédio abandonado. Abraçada no corpo de Käsja, as duas estavam penduradas numa árvore.

Käsja parte 2

Leia a parte 1, antes de ler essa parte.

21fev2013
Era a minha mãe no telefone. Gritando, como sempre fazia quando estava bêbada. Depois de alguns segundos eu escuto um choro vindo da rua. Talvez uma criança perdida procurando os pais.

22fev2013
Na faculdade, Käsja estava um pouco mais triste do que antes. Mais uma vez saímos depois da aula. Fomos num bar. Passamos a noite quase toda lá, e depois fomos andar pela cidade.
Käsja me contou quase chorando, que perdeu quase toda a família num incêndio. E veio pro Brasil pra esquecer aquilo tudo.
Nos abraçamos, e ela começou a alisar o meu cabelo e me beijou dizendo que eu era a garota mais bonita que ela tinha conhecido.

23fev2013
Hoje eu comecei a ter pesadelos lúcidos com momentos da minha vida, nos quais eu não me lembro mais.
Minha mãe veio me visitar. Bêbada como sempre. Eu dei banho nela e reparei alguns cortes profundos na pele dela, levei ela pro hospital logo em seguida.

24fev2013
"mortos não caminham em árvores." Minha mãe repetia isso várias vezes, e sempre quando eu perguntava o que era isso, ela olhava pro chão e saia gritando logo em seguida. Finalmente ela disse o significado disso. Ela contou que quando era criança, gostava de subir em árvores, e numa dessas vezes, ela encontrou um corpo pendurado em um galho, e quando foi descer, o braço do morto agarrou a perna dela, derrubando minha mãe, que bateu a cabeça no chão com muita força, e quase morreu. Quando ela acordou, o cadáver estava em cima dela. Depois disso, nunca mais ela subiu em árvores.

25fev2013
Hoje eu acordei sangrando muito. Meus olhos estavam cobertos de sangue. Aquilo foi horrível.
Tentei andar pela casa, mas a minha visão estava péssima. Estava com uma puta dor de cabeça, então fui pro hospital.
No caminho, tive que parar o carro. A dor estava mais forte do que antes.
Desci do carro, e quando acordei estava na casa da Käsja.
Conversamos por algumas horas, e depois ela me levou pra casa. No caminho fomos conversando sobre o que aconteceu naquela manhã.

26fev2013
Alguém estava na minha cama quando fui dormir. Não dava pra ver quem era, só sei que não era humano. O teto e as paredes estavam pingando sangue. Aquilo foi a pior coisa que eu vi.

Continua...

Käsja

  Esta é uma parte do diário de Larissa Fontes de 19 anos, que foi encontrada morta perto da casa onde ela morava, em Brasília.
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17fev2013
Semana passada na faculdade, chegou uma aluna nova. Ela sentava no fundão e nunca falava nada. Talvez por timidez ou medo de ser rejeitada.
Eu sentava perto dela, então fiz amizade. O nome dela era Käsja (Késsia), uma imigrante europeia da minha idade, e faziam poucas semanas que ela tinha chegado aqui no Brasil.
No começo ela não sabia muita coisa de português, mas eu ensinei pra ela algumas palavras.
Viramos melhores amigas desde então.

18fev2013
Marquei de ir no cinema com a Käsja hoje.
  Quando o filme acabou, fomos passear pela cidade pra ela conhecer um pouco de Brasília. Depois disso eu fui pra casa.

19fev2013
Hoje eu acordei passando mal e não fui pra aula. Passei o dia todo dormindo.
Quase de madrugada o meu celular toca. Quando eu fui atender, era uma música de ninar distorcida e com um chiado enorme. até que escuto alguém do outro lado da linha, chorando.
Era um choro de criança, mas com alguns barulhos metálicos no fundo. Então desliguei pensando ser algum trote.

20fev2013
Na faculdade, eu encontrei Käsja um pouco triste. Perguntei o motivo, então ela me levou pra uma sala vazia no final do corredor e me disse: "Ele me procurou por toda a minha vida, agora ele está aqui, e quer me levar de volta." Quando ela terminou de falar ela me abraçou chorando muito. Eu tentei perguntar quem estava querendo levar ela, e pra onde, mas quando eu terminei de falar, ela me beijou e disse: "temos que fugir daqui antes que ele nos encontre.
Quando ela disse isso, quase desmaio, mas consigo ficar de pé.
Fomos à biblioteca, e lá Käsja me explicou tudo o que estava acontecendo. Ela disse que desde pequena, ela é perseguida por um fantasma que assombra a família dela por várias gerações.
Logo após ela dizer isso, as luzes da biblioteca começam a piscar e algumas estouraram.
Fugimos de lá, e fomos pra minha casa. 3:00 da manhã  o meu celular toca de novo.

Continua...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Você tem medo do escuro? parte 2

Sabe quando você fica com medo de ir no banheiro de Madrugada?
 Então. Eu faço você sentir esse medo, mas apenas pra te proteger, das criaturas que vivem na sua casa enquanto você dorme. 
Sua cama é o lugar mais seguro da sua casa. É o único lugar onde eles não conseguem te ver.
Não tente se comunicar com eles, apenas ignore o fato de que eles te vigiam toda noite enquanto você anda pela casa.

sábado, 8 de agosto de 2015

Eles virão buscar sua alma parte 2

Leia a parte 1, antes de ler essa parte.

No dia seguinte será morto, e seu corpo jogado no esgoto. Sua alma vagará sem rumo pela terra por toda a eternidade, sempre procurando por liberdade.

domingo, 2 de agosto de 2015

O conto dos contos parte 2

leia a parte 1 antes de ler essa parte.

Uma semana se passou, e o livro voltou à biblioteca, dando início a uma série de eventos estranhos lá dentro.
Um grupo de crianças ficou preso dentro de uma das várias salas da biblioteca. Ninguém conseguiu achar, e fecharam o lugar deixando as crianças presas lá dentro.
Começa uma tempestade fortíssima que durou quase uma semana.
No segundo dia depois de fechada, a  biblioteca começa a ficar sem energia elétrica, então as crianças queimaram alguns livros pra se aquecer no frio congelante daquela tempestade. Também usaram a fogueira pra assar ratos que eles achavam no chão.
Até o dia em que um homem entra na biblioteca.

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Esse é o prólogo da creepypasta: "a biblioteca".

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A chave dos pesadelos - versão completa

Eu descobri um livro muito antigo no porão da minha casa, era um livro de bruxaria. Eu sempre tive curiosidade em livros assim. ele falava sobre uma "chave" que tornava todos os seus pesadelos reais. 
  Levei o livro para a casa da minha avó, que sabia algumas coisas de bruxaria. 
  Ela mandou eu jogar o livro fora, mas eu não joguei, queria fazer os rituais daquele livro.
 Seis dias depois meus pais viajaram. Era a minha chance de fazer os rituais.
  Tudo estava pronto, quando minha avó chegou e me viu com o livro.
  Ela escondeu ele, mas eu sei onde está. 
  Ontem consegui pegar o livro e comecei os rituais com meus amigos: Bruna, Daniel, Lucas e Sabrina. 
  Bruna ficou com muito medo e não quis participar.
  Sabrina foi a primeira, ficou com medo, mas continuou.
  Eu fui o segundo, e Lucas o último. Já era quase de madrugada, e estava muito frio nesse dia, mas continuamos mesmo assim.
  Roberta chegou logo em seguida, pedindo ajuda, fomos ajudar.  Era a mãe dela morta. E na parede estava escrito em sangue:   
 "VOCÊS SÃO OS PRÓXIMOS". Ficamos como muito medo mas continuamos fazendo o ritual. 
  Agora estou como muito medo. Eles já estão vindo, eu sinto eles aqui.
  Mas agora eu vou com eles. Adeus.
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Diário encontrado junto ao corpo da vítima
15DEZ2006
Nós não devíamos ter feito aquele ritual.
 Lucas está morto. A polícia acha que foi suicídio, mas eu sei que não foi...
16DEZ2006
Kyevskova me assombra todas as noites dizendo que vai me buscar. Sabrina também é assombrada por ele. estamos com muito medo...
17DEZ2006
Ele está vindo atrás de mim. Eu sou o próximo, eu sei.
se você está lendo esse diário, saiba que kyevskova irá atrás de você.
Não olhe para trás, ele está te observando...''
Encontraram o corpo de Daniel junto com o diário dele. Foi culpa minha, por ter feito aquele ritual.
Falei com a minha vó sobre kyevskova, ela pediu para que eu procurasse algum ritual no livro para fechar o portal que tínhamos aberto antes, e que tinha libertado ele. 
Nas últimas páginas do livro, eu consegui encontrar o ritual que eu mais queria fazer: o ritual dos mortos-vivos. Esse ritual trás os mortos de volta à vida. Assim eu poderia ressuscitar meus amigos. Mas algo deu errado no ritual, e sem querer, ressuscitei todos os mortos do cemitério onde meus amigos estavam enterrados.
Saí o mais rápido que eu pude do cemitério. No caminho, encontrei Roberta, que estava indo visitar a mãe dela. Falei sobre a morte dos nossos amigos, e o ritual dos mortos-vivos que eu tinha feito. Fomos para a casa da Sabrina e Bruna, e viajamos para uma cidade fantasma.
Era uma cidade muito estranha, tinha muitos corpos pela rua. Entramos em um sanatório perto de lá. O chão estava muito sujo de sangue. subimos para o segundo andar, onde vimos um quarto aberto. Dentro do quarto tinha um diário, era de uma menina chamada Aleksia Djokslovnsk.
leia abaixo o diário dela:
"15ABR1975
Eles me forçaram a vir para cá. Me acusaram pela morte de Yan Matsievskn. Mas eu não matei ele.
16ABR1975
Hoje conheci Alexie krovnsk, um homem muito estranho... Ele falava sobre um livro chamado "A chave dos pesadelos". 
17ABR1975
Finalmente consegui achar o tal livro que ele tanto falava. Estava na última prateleira da biblioteca. Era um livro de bruxaria, mas eu não sabia nada de bruxaria, mas conhecia quem sabia...
18ABR1975
Hoje eu comecei os rituais do livro com Alexie e Milena, meus únicos amigos aqui nesse inferno.
19ABR1975
Hoje fizemos o segundo ritual do livro. O melhor de todos: o contato com kyevskova.
20ABR1975
Nós não devíamos ter feito aquele ritual. Kyevskova está me perseguindo até nos meus sonhos. Eu não posso dormir mais.
23ABR1975
Fazem 3 dias que eu não durmo. Não aguento mais!
Estou começando a ter alucinações.
24ABR1975
Milena foi encontrada no quarto dela, com o corpo todo rasgado. O médico disse que ela tentou se matar.
25ABR1975
Milena saiu do hospital hoje.
 Fui falar com ela. Ela disse que foi kyevskova quem fez isso com ela, e que ele queria matar todos nós.
26ABR1975
Hoje eu descobri que estava participando de um teste. Este sanatório não era de verdade.
27ABR1975
Kyevskova está vindo me buscar. 
Adeus."
Descobrimos também uma passagem secreta no quarto dela que dava para a cozinha. Lá encontramos vários símbolos estranhos que não conhecíamos. 
 Entrei na cozinha, e vi vários símbolos estranhos. Encontrei uma chave. Tentei abrir a secretaria, mas tinham muitos zumbis lá. Subi para o terceiro andar, a chave era de uma sala de cirurgia onde tinham vários corpos de crianças sem cabeça. Nunca esquecerei disso.
 Encontrei uma carta em cima da mesa, que dizia: "me encontre no quarto 320". Achei que era só uma brincadeira, mas fui mesmo assim. Chegando lá, vi uma chave coberta de sangue podre. Era a chave da biblioteca. Quando virei de costas, vi o meu doppelgänger. Ele quase me matou mas Sabrina conseguiu me salvar. Fomos para a biblioteca, encontramos mais uma carta que dizia: "não olhe para trás, Kyevskova está atrás de você." Pensamos em queimar o livro. Mas não adiantaria. Procuramos um ritual para "matar" Kyevskova, mas não encontramos nada.
 No balcão, encontrei a lista de pacientes do sanatório. Na primeira página estavam: Dnovsie Kratvrovskn, Aleksia Matsinovnski, Mattier Djolski Kovnsk e Yan Matsievskn. Todos eles eram russos. Procurei em toda a biblioteca, alguma coisa a mais sobre eles, mas a única coisa que consegui saber sobre eles, foi que eram um grupo de amigos que estavam perdidos perto do sanatório e foram confundidos com pacientes que tinham fugido na noite passada.
 Na mesa encontrei 5 chaves: a do banheiro, da secretaria, do quarto 731, do quarto 215 e a do refeitório. Na parede do banheiro estava escrito com sangue: "Kyevskova sempre te observa". 
 Encontramos mais uma carta que dizia: "Entre no refeitório". Entrei lá segurando um pedaço de madeira na mão esquerda, e uma lanterna na direita. Vi um fantasma, mas logo depois ele  desapareceu. Encontrei Bruna e Sabrina, e fomos embora do sanatório. 
Decidimos entrar na cidade. Entramos na catedral. 
 Era uma igreja muito bonita, vitrais coloridos e enormes. No interior dela, vimos várias pegadas de sangue ainda fresco. Elas, levavam a um quarto muito escuro, e com um cheiro muito forte de sangue. Encontramos vários livros de bruxaria e satanismo, achei estranho o fato de ter livros assim em uma igreja. 
 Fizemos o quinto ritual da chave dos pesadelos, o contato com Laksievnsk era um ritual bastante estranho. Sabrina e Bruna não quiseram fazer o ritual. 
Saindo da catedral, fomos para o cemitério. Vimos vários túmulos abertos. Alguns deles com ossos. Encontramos um mausoléu aberto, e entramos. Era o mausoléu da Aleksia Djokslovnsk, a menina do diário que encontramos no sanatório. Encontramos também o túmulo de irmãos gêmeos que morreram num acidente de carro no dia do aniversário deles. Depois disso, fomos procurar mais informações sobre o abandono da cidade.
 Descobrimos que teve uma epidemia nessa cidade, e todos morreram. {ZK-5F}
Entramos em um casarão muito antigo. Lá dentro encontramos uma criança de aproximadamente 5 anos, encolhida de baixo da escada, chorando. Perguntei o nome dela, ela respondeu que era Ana.
Ela estava muito fraca. Perguntei onde estava a família dela, ela disse que estavam lá em cima.
Subimos as escadas, e entramos no quarto. A cama estava muito suja de sangue. Do lado da cama, estava o corpo do pai, com uma frase no peito: "Kyevskova está atrás de você". 
No banheiro estava o corpo da mãe dela.
O meu celular tocou, era meu pai avisando que já tinha chegado de viagem. Fiquei muito feliz em saber disso. Voltamos para casa, e levamos Ana. No caminho, perto da entrada da cidade, havia um posto, paramos para abastecer. No posto, encontramos uma trilha de sangue que ia até uma floresta.
Alguma coisa me agarrou pelas costas, e me derrubou. Desmaiei logo em seguida.
Acordei na minha cama com muita dor na cabeça, desci as escadas e encontrei meus pais. Eles estavam muito estranhos, não pareciam meus pais...
Ainda bem que aquilo era só um pesadelo.
Eu estava muito fraco, então Sabrina dirigiu o carro. Fui no banco do carona passando as fotos pro meu notebook.
chegamos na casa da Bruna, e fomos assistir filmes de terror. Fomos no mercado comprar pipoca, e refrigerantes. Na porta do mercado encontramos zumbis. Peguei a minha pistola no porta-malas do carro, e matei eles.
Voltamos para a casa da Bruna e assistimos 3 filmes seguidos, depois fomos jantar perto da cidade.
Na volta paramos na praça, onde encontramos uma senhora de 80 anos, segurando uma vela preta, e olhando para o nada. Ela parou, e olhou diretamente nos meus olhos, e disse: "você é o escolhido". Depois ela foi embora. Fiquei assustado com o que ela disse, e fui procurar sobre isso no livro.
 O livro estava no carro, levamos ele para a minha casa pra terminar o ritual de Kyevskova. 
 No dia seguinte, fui checar o meu E-mail. Recebi um E-mail de um amigo que eu não via a muito tempo. Ele falou sobre um desafio: entrar numa escola abandonada, que ficava perto da minha rua. 
Aceitei o desafio.
Entrei na escola, e vi vários fantasmas gritando. Um deles me chamou a atenção. Ele era muito parecido com o meu amigo, Rafael. 
Fui andando por um corredor muito longo, que dava para a diretoria. Lá dentro eu encontrei um caderno com o nome de todos os alunos da escola. 
Saí da diretoria, e andei até a escada. No segundo andar, tinha uma sala muito grande. Cheia de quadros. Depois entrei no refeitório. Que estava cheio de ratos e baratas por todas as partes. 
Peguei o livro, e fiz o sexto ritual: o controle dos mortos-vivos.
Agora eu podia controlar os zumbis que estavam na cidade. Logo depois, amanheceu. Fui embora. No caminho, estava com muita neblina. Entrei no meu carro, e liguei o aquecedor. Estava muito frio naquele dia. Chegando em casa, fui direto pra cama dormir. Quando acordei, o meu celular tocou. Era o Lucas.
Lucas disse pra encontrar ele na porta do cemitério. Fui com muito medo.
Chegando lá, encontrei ele. Lucas estava muito estranho. Os olhos dele estavam muito fundos e sem cor. Mas nem liguei para isso. Afinal, ele estava morto.
Fui visitar a Ana, e levar ela pro parque de diversões com os meus amigos.
Passamos na casa da Roberta, e fomos. 
Na volta, passamos na lanchonete. 
Fui pra casa e levei a Ana comigo. Chegando lá, os meus pais não estavam em casa. Então aproveitei pra fazer os outros rituais do livro. 
Assisti alguns filmes no computador e toquei um pouco de guitarra depois fui dormir.
 Os meus parentes vieram me visitar, e trouxeram um gato cinza pra mim. Fiquei muito feliz.
  Logo depois fui tomar banho. Quando saí do banheiro, vi o meu gato miando para parede. Achei estranho. Fui dormir. Quando acordei, o meu quarto estava sujo de sangue.
 Horas se passaram, e eu não conseguia me levantar. Meu irmão abriu a porta do meu quarto, e ficou horrorizado com o que ele viu. Uma goteira de sangue no teto. Eu fui com ele no andar de cima ver de quem era aquele sangue.
 Era da minha prima.
 Achamos o corpo dela totalmente desfigurado, com os braços, pernas e olhos arrancados.
Tamires (irmã da minha prima), desmaiou quando viu o corpo da Patrícia (minha prima). Ligamos para a polícia, avisando sobre o corpo.
 Roberta foi para a minha casa, ver o que tinha de errado lá.
 Algumas horas depois, levei o meu gato para a casa da Bruna, pq ela adora gatos.
 Saindo de lá, fui para a pracinha da cidade. Na volta, passei na casa da Sabrina. Fiquei alguns dias com a Ana.
 Depois disso, eu queimei o livro.
 Eu consegui destruir Kyevskova.
Voltei para casa, e encontrei os meus pais mortos no chão da sala.
 Olhei para eles, e chorei muito.
 Comecei a ter alucinações.
 Eu fiquei aliviado em saber que aquilo tudo era um pesadelo.

A experiência parte 2

Leia a parte 1, antes de ler essa parte.

A minha criação agora consegue andar. Depois de várias tentativas também consegue falar. Meus olhos não param de brilhar, ao ver ele feliz, mesmo com toda a dor que teve que passar.
Todos os dias antes de dormir, peço pra ele sempre sorrir. Mesmo com a imensa dor, de nunca poder sentir o amor.
No final disso tudo eu consegui criar mais um conto, e assim descansar neste ponto. Onde finalmente termina essa história, que algum dia ficará na memória.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Arte bizarra

ATENÇÃO! As fotos abaixo são obras de arte bizarra. Algumas pessoas podem ser sensíveis a esse tipo de arte.
Veja por sua conta e risco.