Os cientistas o monitoraram enquanto ele falava em voz alta sobre seu estado mental em sentenças confusas que ele nem mesmo podia ouvir. Após quatro dias, o homem declarou estar ouvindo vozes abafadas e ininteligíveis em sua cabeça. Assumindo que aquilo era o princípio de uma psicose, os cientistas deram pouca atenção às reclamações do homem. Dois dias depois, o homem gritou que conseguia ouvir sua esposa falecida conversando consigo, e não parava por ai: ele conseguia se comunicar de volta. Os cientistas ficaram intrigados, mas não estavam totalmente convencidos, até que a cobaia começou a dizer os nomes dos parentes mortos deles. O homem continuou a dizer informações pessoais dos cientistas que só os companheiros e parentes falecidos deles poderiam saber. Nesse ponto, uma considerável parte dos cientistas abandonou o estudo. Após uma semana conversando com os mortos através dos seus pensamentos, o voluntário ficou angustiado, dizendo que as vozes estavam opressivas. A todo momento em que estava desperto, sua consciência era bombardeada por centenas de vozes, que se negavam a deixá-lo sozinho. Ele frequentemente se jogava contra a parede, tentando induzir alguma resposta através da dor. Ele suplicou aos cientistas por sedativos para que pudesse escapar das vozes dormindo. Essa tática funcionou por três dias, até que ele começou a ter terríveis pesadelos. A cobaia disse repetidas vezes que podia ver e ouvir os mortos em seus sonhos. Apenas um dia depois, o voluntário começou a berrar e arranhar seus olhos inúteis, tentando sentir alguma coisa no mundo físico. A cobaia histérica passou a dizer que as vozes estavam ensurdecedoras e hostis, falando sobre o inferno e o fim do mundo. Em certo ponto, ele gritou “nenhum paraíso, nenhum perdão” por cinco horas ininterruptamente. Ele continuamente pedia para ser morto, mas os cientistas estavam convencidos de que ele estava próximo de estabelecer contato com Deus. Após outro dia, o voluntário não conseguia mais formar sentenças coerentes. Aparentemente louco, ele começou a arrancar nacos de carne de seu braço a mordidas. Os cientistas rapidamente correram para dentro da câmara de teste e o prenderam numa mesa, para que assim ele não pudesse se matar. Após algumas horas preso, o homem parou de lutar e gritar. Ele encarava o teto cegamente, enquanto lágrimas corriam silenciosas por sua face. Por duas semanas, a cobaia precisou ser manualmente reidratada devido ao choro constante. Eventualmente, ele virou o rosto e, apesar de sua cegueira, o homem fez contato visual focado pela primeira vez no estudo. Ele sussurrou “eu falei com Deus, e Ele nos abandonou” e seus sinais vitais cessaram. Não havia nenhuma causa de morte aparente.
terça-feira, 17 de abril de 2012
o experimento wrong
Em 1983, um grupo de cientistas profundamente religiosos conduziu um experimento radical num local desconhecido. Os cientistas haviam teorizado que um ser humano sem acesso a qualquer sentido ou forma de receber estímulos seria capaz de perceber a presença de Deus. Eles acreditavam que os cinco sentidos obscureciam nossa percepção da eternidade, e sem eles um humano poderia de fato estabelecer contato com Deus através dos pensamentos. Um homem idoso, que havia declarado não ter “nada mais pelo que viver”, foi o único voluntário para o teste. Para privá-lo de todos os sentidos, os cientistas realizaram uma complexa operação, na qual todas as conexões dos nervos sensoriais com o cérebro foram cirurgicamente interrompidas. Apesar do voluntário ainda possuir pleno controle muscular, não possuía mais visão, audição, paladar, olfato ou tato. Sem qualquer maneira de se comunicar com ou até mesmo notar o mundo ao seu redor, ele estava sozinho com seus pensamentos.
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