sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Käsja

  Esta é uma parte do diário de Larissa Fontes de 19 anos, que foi encontrada morta perto da casa onde ela morava, em Brasília.
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17fev2013
Semana passada na faculdade, chegou uma aluna nova. Ela sentava no fundão e nunca falava nada. Talvez por timidez ou medo de ser rejeitada.
Eu sentava perto dela, então fiz amizade. O nome dela era Käsja (Késsia), uma imigrante europeia da minha idade, e faziam poucas semanas que ela tinha chegado aqui no Brasil.
No começo ela não sabia muita coisa de português, mas eu ensinei pra ela algumas palavras.
Viramos melhores amigas desde então.

18fev2013
Marquei de ir no cinema com a Käsja hoje.
  Quando o filme acabou, fomos passear pela cidade pra ela conhecer um pouco de Brasília. Depois disso eu fui pra casa.

19fev2013
Hoje eu acordei passando mal e não fui pra aula. Passei o dia todo dormindo.
Quase de madrugada o meu celular toca. Quando eu fui atender, era uma música de ninar distorcida e com um chiado enorme. até que escuto alguém do outro lado da linha, chorando.
Era um choro de criança, mas com alguns barulhos metálicos no fundo. Então desliguei pensando ser algum trote.

20fev2013
Na faculdade, eu encontrei Käsja um pouco triste. Perguntei o motivo, então ela me levou pra uma sala vazia no final do corredor e me disse: "Ele me procurou por toda a minha vida, agora ele está aqui, e quer me levar de volta." Quando ela terminou de falar ela me abraçou chorando muito. Eu tentei perguntar quem estava querendo levar ela, e pra onde, mas quando eu terminei de falar, ela me beijou e disse: "temos que fugir daqui antes que ele nos encontre.
Quando ela disse isso, quase desmaio, mas consigo ficar de pé.
Fomos à biblioteca, e lá Käsja me explicou tudo o que estava acontecendo. Ela disse que desde pequena, ela é perseguida por um fantasma que assombra a família dela por várias gerações.
Logo após ela dizer isso, as luzes da biblioteca começam a piscar e algumas estouraram.
Fugimos de lá, e fomos pra minha casa. 3:00 da manhã  o meu celular toca de novo.

Continua...

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